sábado, 31 de dezembro de 2011

Nova Chance


Pode ser só mais um dia no calendário, mas alguma coisa aqui dentro parece querer mudar. Aquela fagulha adormecida que talvez queira incandescer, queimar forte; o sorriso trancado no armário procura a chave para sair; o ócio, sentado na cadeira, resolve caminhar no parque (que horas são?).

A fagulha explode e mil fogos brilhantes iluminam o céu, acendem meu rosto e um riso tímido se destranca. Prometo deixar a barba crescer, prometo ser mais clichê às vezes sem que isso me envergonhe, prometo me dar mais uma chance sempre que necessário; não vou me contentar apenas com lápis, café e verbos.

Quando amanheceu, continuei caminhando. O ar parecia mais leve. Ouvi meu nome ao longe, mas não virei o rosto para olhar. Eu sabia que nunca se deve olhar ou então tudo se dissiparia, mesmo antes de começar. De cabeça erguida, segui. Era minha hora de protagonizar romances de capa e espada, com pistolas e conhaque.

Feliz 2012 para todos!

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